quarta-feira, dezembro 25, 2013

O humor acolhe os defeitos, junta os pedaços

"Triste quando um familiar ou um confidente torna-se um ente completamente estranho, indiferente e amargo, que nem olha em seus olhos.

Por que pais se separam dos filhos por bobagem, casais perdem o rumo por uma teimosia, irmãos não se abraçam mais por uma disputa?

Talvez seja pela nossa tendência em gostar mais de punir do que amar. Para reclamar e cobrar, não pensamos duas vezes. Para desculpar, ainda estamos pensando....


 
 
Por que insistimos em ter razão em vez de receber a ternura do outro, ainda que diferente da nossa?

Por que não exercitamos o perdão?

Pois a culpa nos confere falsa importância. A culpa faz com que a gente sempre acredite que somos melhores na incompreensão.

Se alguém não me entendeu é que sou superior, tenho algo a mais que ele não alcançou. É uma onipotência, uma sensação de mandar no mundo (eu mando quando me dou bem ou quando me dou mal, eu mando quando começa a briga e quando ela termina).

Rir mostrará o quanto somos deliciosamente imperfeitos. O quanto qualquer um tropeça e cai, vacila e comete uma injustiça, e não é o fim do mundo.

Perdoar é aceitar, diferente do orgulho, intransigente, casmurro e preciosista.

A reconciliação que abordamos não precisa ser definitiva. É importante destacar que o perdão é provisório, a ser renovado constantemente pela amizade.

Temos o costume de querer a redenção dos pecados de uma hora para outra para nunca mais conviver com as dificuldades. Se duas pessoas brigam é que elas realmente têm uma divergência séria, mas que não precisa acarretar em separação ou no transbordamento do ressentimento.

 "O humor acolhe os defeitos, junta os pedaços."
(Fabrício Carpinejar)

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